quinta-feira, 1 de abril de 2010


Eu tentei não ouvir o que me disseste com medo de entender que eu estava errada. Por causa disso perdi tudo o que tinha e não consegui conquistar o que me restava.

Durante meses baixei a cara com medo de ler nos teus olhos aquilo que tinha medo de ouvir da tua boca. Devia ter calado a minha boca e ter-te deixado falar. Eu não sabia ouvir e sei que isso causou muito sofrimento para muita gente. Inclusivamente para ti.

Não há palavras que desculpem o que eu fiz. Não há palavras que expliquem o que senti. Não há palavras que recuperem o que eu perdi. Sei que estás agora a ler este textos e que sabes que é para ti. Sei que sabes o que sinto e que choras ao lê-lo, como eu chorei ao escrevê-lo. Sei que sentes o que eu sinto de uma forma especial. Tu és a minha irmã e ninguém isso pode mudar. Todo o amor que sentes, todo o amor que sinto, todo o amor que sentimos está guardado em momentos, embora agora cobertos por um manto de nevoeiro muito difícil de ultrapassar.

Apesar de tudo, eu não vou desistir. Lutar por ti até ao fim. Porque aconteça o que acontecer, eu sei que tudo o que nos unia como irmãs, não pode ter desaparecido. Sei que tudo o que eu sinto, é sentido por ti também. E mesmo que um dia volte a chover, tu sabes que eu estarei lá, estejas tu onde estiveres, para não deixar que as gotas de chuva te molhem e te façam cair.

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Partilho as minhas orações com todos aqueles que as quiserem ouvir. Para cada pecador há uma oração e só tu podes fazer a tua. Cada oração que escrevo tem um sentido diferente para quem a lê. Diz-me unicamente o que entendes das minha palavras pois isso da-me força para fazer cada vez melhor.