quinta-feira, 1 de abril de 2010


Dia de chuva intensa, em que nada faz sentido. Eu estava em casa sozinha e com vontade de desaparecer. Tudo estava em silêncio. Ouviam-se simplesmente as gotas da chuva lá fora. O dia estava quase tão escuro como a noite, o que me agradava, pois condizia com o meu estado de espírito.

Eu não estava a fazer nada de especial. Limitava-me a ouvir a chuva em silêncio e a olhar para o tecto do meu quarto. Nada existia para além de mim. Apenas eu e aquele silêncio assustador.

De repente o meu telemóvel começou a tocar. Não queria falar com ninguém. No meu mundo existia apenas eu. Não atendi a chamada e nem sequer me dei ao trabalho de ver quem era.

Cinco minutos depois recebi uma mensagem de um número desconhecido. Só dizia "desce". Apressei-me a vestir o casaco e desci as escadas do prédio a correr.

À porta estava um rapaz alto, de cabelo curto e vestido de preto. O vidro da porta estava molhado, o que dificultou a minha visibilidade.

Quando saí do prédio consigo ver quem era. E ao ver, os meus lábios rasgaram-se num grande sorriso. Sem pensar duas vezes corri para os braços dele. Estivemos a falar e o sorriso dele fez com que o meu nunca mais desaparecesse. Desde aí aprendi a sorrir e nunca mais parei.

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